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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Razões para não cooperar

Por Wagner Amaral

“Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima” (Hebreus 10.25).

Que motivo levaria o autor aos hebreus a fazer tal exortação? Evidentemente, o fato de alguns, por razões diversas, não congregarem. Pois bem, quais seriam as razões para o afastamento? Você consegue enxergar razões para o afastamento, e a não cooperação? O que levaria ao esfriamento espiritual?

Há razões aceitáveis, e recomendáveis para o afastamento, como o desvio herético e doutrinário. Mas, até nesses casos, o afastamento deve ocorrer após sérias e corretas tentativas de mudança. Há, ainda, a razão de não se adequar ao estilo da igreja (sem nenhuma agressão aos princípios eclesiásticos expostos nas Escrituras); nesse caso o indivíduo deve mudar de igreja e não lutar para mudar a igreja.

Há as razões equivocadas para o afastamento, como o estar chateado com algum irmão (Mateus 18.15ss); ou o discordar da decisão da maioria (Atos 16.4-5; Filipenses 2.1-4); ou o discordar em algum aspecto da liderança (Hebreus 13.17); ou mesmo ter sido preterido em alguma escolha (Filipenses 2.5ss). Provavelmente algumas destas compunham as razões que levaram os hebreus a se afastarem do convívio da igreja. E, por isso, o autor da epístola os exorta, mostrando que não são razões aceitáveis para o afastamento.

Mas, quero destacar algumas das principais razões que levam crentes a se afastarem de suas igrejas; e, consequentemente, do Senhor.

1. Pecado.

Escondido, secreto, criado, alimentado, e não confessado ao Senhor. (Hebreus 3.12-13) Isto esfria a alegria, e faz a pessoa valorizar as falhas e erros, mesmo quando estas verdadeiramente não existem. Exemplos: (1) A pessoa tem inclinação à infidelidade, e, então, procura erros para não dar os dízimos e as ofertas. (2) A pessoa tem inclinação a não ser assídua e participativa, e então, procura razões para não estar sempre nas programações. Por que a pessoa age assim? Porque é uma forma de esconder, ou de diminuir seu próprio erro. É uma tentativa de enganar a própria mente. Por isso a exortação para renová-la (Romanos 12.1-2).

2. Hipervalorização do “eu”.

Quando a pessoa se vê superior às outras, e acha que merece ser priorizada quanto às suas sugestões, escolhas, etc. Quando a pessoa tem cuidado exagerado com sua imagem, e não admite ser preterida, crendo que assim está sendo exposta ao ridículo. Quando a pessoa tem dificuldade de convivência, não sabendo ouvir; mas exigindo ser ouvida. Não sabendo ajudar, contribuir; mas exigindo participação efetiva dos outros diante de algo que comanda. Encarando tudo como pessoal – se alguém foi contra a alguma ideia, é contra a sua pessoa; logo, muda, inclusive, sua forma de agir para com ela.

3. Imaturidade.

É quando a pessoa não tem razão específica, não tem sequer argumentos; mas é contra. Não se dá nem a experimentar aquilo que está sendo proposta; simplesmente é contra. O esquisito é que você pergunta o porquê, e as respostas normalmente são: porque é errado; não é bom; não é legal; vai atrapalhar; etc. Nada realmente com conteúdo e que processe reflexão para, quem sabe, uma mudança de rumo. E o pior é que tendem a ser exagerados, buscando fortalecer sua posição: Não dá certo, todo mundo acha; a igreja inteira, quando na realidade é ela, ou talvez mais duas ou três pessoas. (1Pedro 3.8-12).

4. Visão errada do motivo pelo qual vivemos, agimos e cultuamos.

“E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai. Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens” (Colossenses 3.17, 23). Nossa motivação é o Senhor. Não pode ser alguém, a instituição, ou a estrutura administrativa; pois, neste caso incorremos em dois erros: (1) Errar no alvo de nossa adoração e dedicação. (2) E certamente se decepcionar em algum momento, pois seres humanos, e tudo aquilo que criam possuem falhas. Dessa forma corre-se o risco de perder a motivação.


A maturidade espiritual está em não precisar de razões terrenas, falíveis e passageiras para adorar ao Senhor, servindo-o com dedicação. O meu servir, o meu dizimar, o meu ofertar, o meu congregar, o meu participar, tudo é minha forma de adorar ao Senhor; por isso, devo procurar fazer sempre o melhor, pois é para Ele.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

O que é um Fundamentalista (Ideal)?

Por Kevin T. Bauder

1) Fundamentalistas reconhecem que todas as doutrinas são importantes. Se a Bíblia ensina, vale a pena estudar e conhecer. Se Deus disse isto, o mesmo merece nossa cuidadosa atenção.

(2) Fundamentalistas afirmam que algumas doutrinas são mais importantes do que outras. Nem todo ensino da Bíblia é de igual alcance em seus efeitos. Enquanto todos são importantes, alguns estão mais ao centro enquanto outros se encontram na periferia da fé cristã.

(3) Fundamentalistas insistem que algumas doutrinas são tão importantes que são essenciais ao evangelho em si. Negar estas doutrinas é (pelo menos implicitamente) negar o evangelho. Negar o evangelho é transformar o cristianismo em alguma outra religião. Essas doutrinas essenciais estão no miolo, no centro, da fé cristã. Elas são o mínimo irredutível sem o qual não pode existir cristianismo.

(4) Fundamentalistas crêem que comunhão cristã é definida pelo próprio evangelho. Aqueles que negam o evangelho não devem ser reconhecidos como cristãos. Aqueles que negam o evangelho, ao condenar alguma doutrina essencial, não estão aptos para a comunhão cristã. Com tais pessoas, nenhuma comunhão cristã existe. Fingir que podemos desfrutar de comunhão cristã com tais pessoas é tão-somente ser hipócrita. Estender o reconhecimento cristão – particularmente reconhecer como líderes cristãos – a tais pessoas é desprezar o evangelho e enganar o povo de Deus.


(5) Fundamentalistas insistem que irmãos que desprezam o evangelho e enganam o povo de Deus são culpados de grave erro e deveriam ser removidos da posição de liderança cristã. Se tais pessoas não podem ser removidas da liderança, ainda assim os cristãos bíblicos tem a obrigação de não endossar ou apoiar as pessoas, organizações, e atividades que obscurecem a importância do evangelho e enganam o povo cristão, mas ao invés disto reprovar os tais.