"Um blog que discorre sobre cristianismo, apologética, cinema e outros assuntos desinteressantes..."



segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

[Cinema 2012] O HOBBIT - UMA JORNADA INESPERADA

(The Hobbit - An Unexpected Journey, Peter Jackson, EUA/NZ, 2012)


Fazer uma prequel é uma tarefa dificílima, até mais do que fazer uma sequencia. Além das dificuldades intrínsecas a todo e qualquer filme, quem se aventura a rodar um prólogo de uma história posterior que fez história, tem que lidar também como uma série de limitações tais como a ausência de um fator surpresa – já que a trama toda está desenrolada na história posterior que já é de conhecimento de todos; a possível falta de uma narrativa tão empolgante, uma vez que a prequel serve apenas para explicar como se chegou na história posterior que, como já dito, já é de conhecimento de todos; a impossibilidade de superar o que já foi feito, pela soma dos outros fatores acima expostos; e tantas outras questões que um diretor precisa enfrentar quando se vê diante de tamanho desafio.

Peter Jackson resolveu encarar o mesmo vale desértico que George Lucas encarou no início da década passada – e como Lucas, está sofrendo a ira dos fãzóides, da crítica, enfim, de todos aqueles que outrora o colocaram num pedestal.

Contudo, após conferir este que é o pontapé inicial em uma nova trilogia, constatei que a maioria dos argumentos usados contra o filme não se sustentam e são "mimimi" de gente que esperavam um novo Senhor Dos Anéis, esquecendo-se (ou deliberadamente ignorando) das limitações inerentes à toda e qualquer prequel - e já experimentadas por todos desde 1999 quando um certo diretor barbudo resolveu retomar uma saga excepcional e foi crucificado (e o é até hoje). Minha única crítica com relação ao filme é o fator "bolo fofo", o filme é mais curto que os outros, mas parece mais longo. Há cenas ali que parecem coisa de uma versão estendida, não deveriam nunca ter ido parar na versão final, como se Jackson quisesse mesmo chegar no limite das 3 horas, mas sem ter muita história para preencher todo esse tempo. E o filme deve ser visto em HFR 3D. Tem cenas ali que penso ser extremamente difícil funcionarem em 24fps. O nível de realismo é impressionante. Mais impressionante mesmo é ver o tanto de gente chiando do tal realismo. Ora, não tem sido justamente essa a busca incessante de tantos viewers quando vão assistir filmes? De que eles sejam o mais “real” possível? Tá aí, engulam “O Hobbit”.

Apesar de ter gostado bastante do filme – e Jackson oferece elementos de sobra para tanto, abusando de seus travellings e daqueles planos que só ele sabe fazer em seus filmes, se me perguntarem se comprarei o filme quando ele chegar ao home vídeo a resposta, hoje, é “NÃO SEI”... O que será que isso significa?

4/5

domingo, 30 de dezembro de 2012

[Cinema em Casa] STAR WARS - EPISÓDIO I: A AMEAÇA FANTASMA

(Star Wars - Episode I: The Phantom Menace, George Lucas, EUA, 1999)

Nota 1: texto escrito em 2009, quando revi o filme em seu aniversário de 10 anos. Não mudou nada agora na revisão com o blu-ray.

Nota 2: o texto também vale para a versão 3D do filme, lançada em fevereiro deste ano, mas por causa da conversão horrorosa para o formato, não tive saco para postar, nem para descer a lenha.

Episódio I é um daqueles filmes que gera sentimentos conflituosos mesmo em quem gosta do filme. Comigo não é exceção. Há muitas coisas fantásticas em A Ameaça Fantasma e outras que não são. Os primeiros 20 minutos são um porre. É Star Wars, mas parece dirigido por alguém que não tem a mínima idéia do que é Star Wars, nenhuma familiaridade com aquele universo. É Lucas estranhando seu próprio habitat natural ou vice-versa. Ok, tem cenas de ação bacanas, visual lindo na cidade gungan, uma trama que, em tese, deveria empolgar, mas tudo parece trôpego, sem ritmo, mostrando um Lucas cheio de teias de aranha, que parece ter parado no tempo, sendo que este prólogo enfadonho é fundamental não só para se entender o filme, mas também montar as bases de todas as traições e maquinações que tomariam conta desta nova trilogia. Se o filme fosse apenas esses 20 minutos, eu daria razão aos detratores.

Porém, a coisa muda quando Anakin entra na história. Ali, Lucas de fato está em casa. Minto, a coisa muda antes, quando chegamos em Tatooine. Ali sim percebe-se Lucas e a sua criação em fina sintonia. Os diálogos estão melhores aqui, há momentos fantásticos e tocantes. Ali, todo o aparato tecnológico e toda técnica avançada na questão dos efeitos está a serviço da narrativa, daquela coisa gostosa de sermos tirados deste mundo e levados para outro lugar distante, que é, em última instância, o objetivo de toda e qualquer obra cinematográfica. Quando o filme deixa Tatooine fica a sensação de que o filme vai descambar de novo, mas ao que parece, Lucas recarregou as baterias em Tatooine e toda a trama de impostos elevados, bloqueios e tramas políticas começa a ganhar uma forma mais interessante, culminando no explosivo terceiro ato, onde Lucas mostra mais uma vez que é mestre em editar várias subtramas paralelas criando suspense, onde o diretor revisita um de seus temas, ao contemplar a morte do herói, mostrando que em seus filmes os personagens não estão protegidos por nenhuma regra e tudo pode acontecer a eles. Tudo remontando àqueles grandes filmes e seriados de aventura do passado que influenciaram Lucas, Star Wars e Indiana Jones.

A coisa só não é perfeita por causa de um certo gungan do inferno e suas gracinhas inconvenientes. Por causa dos problemas citados, Episódio I é manifestamente o elo fraco da saga inteira. Mas hoje, 10 anos depois de seu lançamento, o filme sobrevive graças aos seus predicados (que não são poucos) e seu lugar garantido como parte da maior saga cinematográfica da história.

(revisto em Blu-ray)

4/5

sábado, 29 de dezembro de 2012

[Cinema 2012] FRANKENWEENIE

(idem, Tim Burton, EUA, 2012)


Tim Burton estava devendo um filme realmente decente há um tempo. Desde o confuso “Alice No País das Maravilhas” (2010) que o diretor parece não visualizar o seu alvo, que dirá acertá-lo – sim, eu gosto do controverso “Sweeney Todd” (2007) e não, não acho que a parceria com Johnny Depp já passou do ponto. Tudo bem que este ano ele voltou com o bacana “Sombras da Noite”, mas ainda assim, está distante dos seus dias de glória, já que a última vez que os viu foi com o lindo, suave e sombrio “Noiva Cadáver” (2005).

E é justamente o gênero animação que traz o diretor de volta aos trilhos, ou pelo menos, pavimenta o caminho de volta. Não é estranho notar que em 2005, Burton também lançou dois filmes, o já citado “Noiva” e o excepcional “A Fantástica Fábrica de Chocolates”.

Assim, o cara lança este “Frankenweenie”, uma revisão de um curta metragem seu feito para a conclusão do curso de cinema, lá no começo dos anos 80 e fala de morte tanto quanto "Noiva Cadáver".

E somente mesmo Tim Burton para lançar um desenho em preto e branco, com animação stop-motion e em 3D.

Fosse só a parte técnica, talvez o filme não fosse tão bom. Mas Burton aborda, de forma bem sutil, mas sem subterfúgio, temas caros à criança como a perda do seu animal de estimação, o primeiro contato com a morte e a superação dessas duas coisas. Só acho que o filme acabou descambando pra um final extremamente otimista que rouba um pouco do seu brilho. Mas tudo bem, o cara quase acertou em cheio aqui. E ver os pais do garoto que resolve bancar o Frankenstein assistindo o clássico “Vampiro da Noite” (1958) teve um sabor agridoce aqui. 

4/5

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

[Cinema em Casa] BUSCA IMPLACÁVEL

(Taken, Pierre Morel, EUA/FRA, 2009)


Quando eu tinha mais ou menos 11 anos, estava andando em um shopping em São Paulo. Se me lembro acho que estava com meu irmão e um primo. E usava um boné do Boston Celtics, naquela fase da vida em que um pré-adolescente fica louco para usar coisas de times que diz torcer (mas não torce) e esquece pouco tempo depois. Pois bem, lembro que senti um moleque – creio de uns 16 anos – passar a mão pelo meu boné, arranca-lo e leva-lo. E este que vos escreve abriu o berreiro no meio do shopping para não ser acudido por ninguém enquanto o meliante saía fora... Voltamos para o carro e meu pai perguntou o que havia acontecido. Explicado e saindo do shopping nos demos de cara com o meliante. Meu pai desceu do carro, abordou o infeliz e antes que este se desse conta de com quem estava falando, meu pai tomou-lhe o meu boné e, da mesma forma furtiva, deixou o moleque falando sozinho.

Este evento, que eu já tinha esquecido há muito tempo, voltou como se tivesse acabado de ocorrer conforme eu ia assistindo este Busca Implacável. Liam Neeson faz o pai dedicado e zeloso, com fama de paranóico, que destrói meia Paris em busca de sua filha seqüestrada por canalhas que raptam estrangeiras para tráfico e prostituição de mulheres, determinado a fazer mingau dos mesmos. Durante os 93 minutos de projeção eu vi meu pai ali, que passaria por cima de tudo e de todos para proteger/defender sua cria.

Talvez seja por isso que o filme acabou emplacando com um sucesso cult, sendo uma versão atualizada – e melhor, do clássico Desejo Para Matar, onde Charles Bronson interpretava um Jason Voorhees com arma de fogo. Bryan Mills não é apenas um super agente aposentado, no melhor estilo James Bond. Ele é, acima de tudo, pai. E exercendo essa que talvez seja a melhor profissão de todas, o cara acaba se tornando um verdadeiro super-homem e precisa mesmo para que o expectador possa torcer com todas as forças por ele. E isso acontece de forma bem orgânica, sem forçação de barra. E essa pegada acabou pegando pesado... Quando se coloca o pai no meio, qualquer cineasta sabe que está mexendo com algo extremamente visceral na vida de qualquer um, inclusive eu.

Bola dentro de Luc Besson (autor do roteiro) e de Pierre Morel que se revelou uma grata surpresa aqui, mas logo depois mostrou com o quase horroroso Dupla Implacável que, no seu caso, um raio não cai duas vezes no mesmo lugar.

(visto em mkv)

4/5

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

[Cinema em Casa] A MORTE CONVIDA PARA DANÇAR

(Prom Night, Paul Lynch, 1980)



Sempre que eu assistia Pânico, naquela sequência da locadora, o personagem Randy citava este filme como exemplo de como poderíamos fazer para identificar o assassino. Pensei que o filme seria uma referência no gênero, ainda que não influente como Halloween ou Sexta-Feira 13. Ledo engano, pois mesmo a menor das expectativas são destruídas nesse slasher (slasher?) fraquíssimo de quem o Kevin Williamson chupinzou boa parte de seu genérico Eu Sei O Que Vocês Fizeram no Verão Passado, onde o diretor Paul Lynch (irmão do David?) arma um cenário de gore que nunca acontece de fato, sendo UMA ÚNICA cena a que vale o "espetáculo", a decapitação em uma cena chave. É tudo muito sem sal, faz os piores Sextas 13 parecerem ótimos em comparação. Até a Jamie Lee Curtis parece meio sem saber o que fazer aqui, mas nada supera o Leslie Nielsen, totalmente nada a ver como diretor da escola onde ocorre o "prom night" do título.

E, contrariando Randy, não, nem todo mundo é suspeito, embora o filme faça o possível para evitar o fator súbito do "whodunnit" que deixou o primeiro Sexta-Feira 13 meio manco. Contudo, a coisa é levada tanto na base do desleixo que fiquei indiferente o filme todo. Valeu pelo fator nostalgia e por perceber que mesmo abaixo da média, este A MORTE CONVIDA PRA DANÇAR ainda dá um banho num monte de filme de terror meleca feito hoje.

(visto em péssimo DVDrip)

2/5


quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Usando o Facebook para a Glória de Deus



Por Filipe Machado
Ao iniciar este pequeno escrito, desde já preciso estabelecer o seguinte fato: todos os cristãos são obrigados a usar o Facebook para a glória de Deus. De minha parte não há receio algum quanto ao ser possivelmente taxado de “legalista” ou “moralista”, pois tenho a Escritura ao meu lado: “Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus” (1Co 10.31).
Paulo não poderia ser mais claro: os cristãos devem fazer tudo, absolutamente tudo, para a glória de Deus. Isso implica em dizer que se fizermos qualquer coisa sem visar a Sua glória, estamos em pecado – “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado” (Tg 4.17). Todavia, precisamos estabelecer alguns pontos sobre o que significa fazer tudo “tudo para glória de Deus”.
Em primeiro lugar, fazer tudo para a glória de Deus, é ter em mente que Ele é quem deve ser engrandecido e visto por todos, não nós. João o Batista nos traz cristalina evidencia deste nosso dever: “É necessário que ele cresça e que eu diminua” (Jo 3.30).
Em segundo lugar, significa buscar fazer tudo e somente o que a Bíblia ordena que façamos. É impossível viver para a glória de Deus se tentarmos colocar nossas vontades e desejos acima da Escritura. Por meio de Moisés, o Senhor foi enfático ao afirmar: “Tudo o que eu te ordeno, observarás para fazer; nada lhe acrescentarás nem diminuirás” (Dt 12.32).
Em terceiro lugar, se temos de fazer somente o que a Escritura ordena, então precisamos nos dedicar ao estudo da Lei de Deus. Paulo afirma categoricamente que a Lei de Deus é boa e necessária: “Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás” (Rm 7.7).
Em quarto lugar, é preciso ter o correto entendimento de que é um exercício muitas vezes doloroso, porque envolve a renúncia da carne e o matar do pecado. O apóstolo foi direto em dizer que todas as vezes, isto é, sempre, devemos trazer a morte de Cristo em nossas vidas, a fim de que morramos e Ele viva: “Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos” (2Co 4.10); “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim” (Gl 2.20).
Desta forma, se patenteia que o cristão não deve, por exemplo, “postar”, “curtir” ou “compartilhar” qualquer coisa que contenha alguma coisa contra o senhorio de Cristo. Em caso prático, significa não fazer apologia a políticos que sejam contra a Palavra de Deus; não “curtir” fotos ou qualquer fato que incentive a carne ao pecado, como fotos sensuais ou de pessoas com pouca roupa (as vestes de praia se encaixam neste ponto), libertinagem, vandalismo; igualmente não se deve promover a luxúria com “compartilhamentos” que tendem a fazer o homem e a mulher amarem mais a este mundo que ao Senhor. Você, talvez, esteja se perguntando: “Mas qual a base bíblica para afirmar tal coisa?” “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Fp 4.8). Políticos contrários ao Senhor não são verdadeiros nem honestos; fotos com pessoas que mostram excessivamente seus corpos não são puras; vandalismo não é algo de boa fama; pode haver alguma virtude na luxúria?
Em grupos do Facebook, importa que não hajam discussões sobre pontos pacíficos sobre a sã doutrina, pois fazer o contrário, é contender inutilmente: “Como o soltar das águas é o início da contenda, assim, antes que sejas envolvido afasta-te da questão” (Pv 17.14). Sob hipótese alguma o crente deve xingar ou maldizer alguém. O cristão não deve ignorar as pessoas ou “detestar” outros irmãos em Cristo, pois isto é ferir o sexto mandamento “não matarás”: “Qualquer que odeia a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele” (1Jo 3.15).
Também é preciso notar que o cristão não deve usar as mídias sociais para ficar bisbilhotando a vida alheia – quem faz isso se assemelha àquela atitude de Satanás: “Então o SENHOR disse a Satanás: Donde vens? E Satanás respondeu ao SENHOR, e disse: De rodear a terra, e passear por ela” (Jó 1.7). Além disso, suscita a inveja, orgulho, maldizeres e cobiça sobre o próximo, violando o décimo mandamento: “Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo” (Êx 20.17).
O cristão também precisa cuidar para não passar tempo demais nas redes sociais, pois a Bíblia diz para aprendermos a aproveitar o tempo com coisas puras e necessárias: “Remindo o tempo; porquanto os dias são maus. Por isso não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor” (Ef 5.16-17). Lembre-se que na parábola dos trabalhadores da vinha, nosso Senhor Jesus Cristo assemelha o homem comum e envolto em pecado, àquele ocioso e que nada produz: “E, saindo perto da hora terceira, viu outros que estavam ociosos na praça” (Mt 20.3).
Use esta preciosa tecnologia para a todo o tempo falar do Senhor: “Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina” (2Tm 4.2). Note que Paulo não diz que existem tempos que não são oportunos, afinal, toda ocasião é propícia para falar e testemunhar da verdade divina. Não se esqueça de que além de estudar arduamente a sã doutrina, você precisará estar apto para defendê-la pelo poder do Senhor: “Santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós” (1Pe 3.15).
Tenha somente conversações santas, pois isto é agradável a Deus: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem” (Ef 4.29). Observe que a Bíblia é explicitamente incisiva: “mas só a que for boa para promover a edificação”. Com qual intuito? “para que dê graça aos que a ouvem”.
Portanto, se buscarmos pelo poder vivificador do Espírito Santo, praticar estas coisas, começaremos a entender o que é viver sob “a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2) e o mundo testificará de nosso amor por Cristo, ao ponto de dizer: “Para onde foi o teu amado, ó mais formosa entre as mulheres? Para onde se retirou o teu amado, para que o busquemos contigo?” (Ct 6.1).
Que Deus nos abençoe.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

[Cinema 2012]: 007 - OPERAÇÃO SKYFALL

(Skyfall, Sam Mendes, 2012)


Ainda estou tentando ver a coca toda vista pela crítica com o novo 007. Todo aquele lance de testar a lealdade do agente para com a sua chefe na verdade não passa de bobagem, já que a lealdade do herói nunca é de fato abalada. O filme ameaça lidar com algo gigante, de proporções globais – até porque o vilão é ninguém menos que Javier Bardem – mas na verdade tem uma trama bem simples de vingança. A motivação do vilão não é suficiente para o terror que este toca; dizia-se que coisas não muito boas do passado de M voltariam para assombrá-la e durante um tempo o filme dá esta impressão, mas não é nada disso...

Por outro lado, a melancolia permeia boa parte da projeção. Você sente que as coisas vão caminhar para uma tragédia – como de fato caminham mesmo, e mais uma vez o expectador vê algo na série que não é comum: Bond tem relativo sucesso em sua missão, mas com um preço muito alto. Tão alto que creio que ele fracassou, pois não conseguiu salvar quem prometeu proteger, da mesma forma que em Cassino Royale e, em menor grau, no estupendo 007 A Serviço Secreto de Sua Majestade (1969). E quando tudo caminha para aquele final trágico e arrepiante, quem conhece o personagem ou pelo menos o acompanhou nos últimos 3 filmes, sabe que é difícil segurar as lágrimas.

Sim, Skyfall é extremamente triste e fala de morte, derrota e fracasso durante todos os seus 145 minutos (enfatizados desde os créditos de abertura que já dão o tom do que se seguirá). Lembrei um pouco de Alien³ enquanto o assistia, vendo a relação de Bond com a M (mais uma vez interpretada com a nobreza e a grandeza da pequena grande Dama Judi Dench) se desenvolver num misto de relação chefe-subordinado com mãe-filho órfão que muito me agrada. E isso só é percebido se o expectador tem o background dos outros dois filmes estrelados pelo Daniel Craig.

Ainda é de se notar que, desta vez, a bondgirl não é uma beldade atlética que faz a plateia masculina suspirar, mas é a própria M que, perseguida implacavelmente pelo vilão, é protegida por 007 que passa por cima de tudo para salvá-la. E a excelente música tema interpretada pela Adele reforça isso, sendo uma espécie de declaração dela para ele, sugerindo que uma tragédia se avizinha. Neste sentido, Skyfall é mais pessoal do que Cassino Royale (e neste particular, penso que mais bem sucedido) e outros filmes em que o agente lidou com perdas significativas. Aqui, a perda é um pouco mais profunda,  mas que ainda assim faz parte da jornada de qualquer herói. Bond termina Skyfall como um agente pleno, alguém que na prática teve que lidar com o sucesso e com a perda em iguais proporções.

Repensando o filme agora, enquanto escrevo sobre ele, percebo que o mesmo vem crescendo um bocado no meu conceito. Não duvido que na revisada ele ganhe mais pontos. Por mim, Sam Mendes – que voltou à boa e velha forma depois de alguns filmes babacas, pode continuar a dirigir filmes do agente e Adele pode ficar pra sempre com as músicas-tema.

**visto em glorioso IMAX**

4/5  

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

[Cinema em Casa]: ALIEN³

(Alien³, David Fincher, 1992)


As pessoas parecem tender a pichar filmes que encerram trilogias. Não sei se é uma expectativa estratosférica criada com base em dois filmes anteriores não menos que excepcionais, mas é meio padrão observar um comportamento de certa ojeriza ou na melhor das hipóteses aquela reação “não é tão bom assim” com relação aos “terceiros filmes”. A história do cinema está repleta de exemplos: O Retorno de Jedi (1983), De Volta Para o Futuro III (1990), O Ultimato Bourne (2007) e, este ano, O Cavaleiro das Trevas Ressurge. Mas em 1992, foi Alien³ a bola da vez.

Eu não consigo compreender o grau de decepção que as pessoas dizem sentir com este filme, começando com aquele nerd de internet que passa o dia postando em seus blogs até o próprio James Cameron que publicamente declarou odiar este terceiro Alien com todas as suas forças.

Da minha parte, sempre tive este filme em alta conta, embora reconheça as suas limitações frente aos filmes anteriores, mas nada que o faça merecedor da alcunha “filme ruim”, aliás, longe disso. A estréia de David Fincher na direção sempre me pareceu algo parecido com Batman O Retorno – lançado no mesmo ano e igualmente achincalhado: um filme de ação ousado demais para ser considerado um “filme de verão”. E quanto mais velho vou ficando, mais convicto me torno de que mais vale a pretensão em fazer de um filme algo mais do que ele poderia ser do que simplesmente se conformar com a pequenez da proposta intrínseca a ele (i.e., monstro correndo atrás de pessoas, neste caso), ainda que esta pretensão reste falha em vários momentos. E Alien, ao contrário de outros filmes com temática parecida, tem uma estrutura apta a abrigar abordagens diferenciadas e ousadas.

Mas eis que em 2003, a Fox resolve lançar uma “versão estendida” do filme, resgatando nada mais que 35 minutos que ficaram na sala de edição. E é desta versão que falo neste texto, considerando-a a versão definitiva do filme, a versão que deveria ter ido parar nos cinemas há 20 anos.

E que surpresa. Ao contrário de um mero corre-corre nos esgotos, temos personagens reagindo à idéia de ter um alienígena naquele inferno de prisão, como eles encaram isso à luz da crença religiosa que possuem e como Ripley, mais uma vez sozinha, e nunca bem vinda àquele lugar, começa a pensar que talvez a sua paz não resida mais em sobreviver, mas talvez em morrer mesmo. E o clima criado por Fincher não sugere outra idéia. Olhando por esse lado, fica mais fácil compreender porque o filme não foi bem aceito. Extremamente down, depressivo, sujo, infernal, desesperançoso, melancólico, Alien³ não dá uma brecha para o expectador pensar que há saída daquela situação – especialmente na cena onde Ripley é quase estuprada por um grupo de detentos, obrigando-o a contemplar um desfecho trágico numa experiência angustiante de 145 longos minutos, onde o filme flerta muito com o desenvolvimento do primeiro, onde nada de muito relevante acontece na primeira grande parte do filme. Além disso, o filme abraça uma violência gráfica inédita para os padrões da série, com muitos trucidamentos explícitos.

Não é o bastante? Ok... o filme também perverte a moral dos personagens detentos que, na sua miséria, encontraram em Deus a esperança que precisam para continuar sobrevivendo, contudo ainda se dão ao trabalho de revelar a velha natureza – a já citada cena do estupro – e demonstrar bem pouco amor ao próximo – como no discurso de Dillon ao dizer que se dana com a hipótese do alienígena sair do planeta e contaminar a Terra pois eles “tem o mundinho só deles ali” naquela prisão. Pra completar, o filme demonstra nenhum pudor em mostrar Ripley, a heroína, único ponto de apoio do expectador (em todos os sentidos) nesse inferno, se envolvendo com um detento acusado e condenado por causar dezenas de mortes com um único ato. A partir daquele momento, a heroína, até então imaculada, já não é mais tão inocente assim.

Apesar de não parecer introduzir algo novo na série, Alien³ não ousa repetir os dois anteriores, fazendo seu próprio caminho, apoiando-se nas suas próprias características. E, isso, mais do que qualquer outra coisa, deve ser levado em conta, principalmente considerando o final ousado que, por alguns anos, pôs um fim definitivo à série. Alien³, da mesma forma que O Cavaleiro das Trevas Ressurge, esgota o assunto, mandando o expectador de volta à realidade totalmente desamparado, numa pegada sensorial, emocional e visceral que poucos filmes americanos, ainda mais os de verão, nítidos blockbusters, arriscaram fazer.  

Quanto à reclamar do que foi feito com esse ou aquele personagem, como fez James Cameron, penso ser um tremendo “mimimi” infantil, mostrando que alguns gênios deveriam trabalhar mais e falar menos.

5/5

(revisto em Blu-ray) 

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

[Cinema 2012]: DREDD

(Dredd 3D, Pete Travis, 2012)


Seguindo a tendência de refilmar tudo o que é possível refilmar, resolveram dar nova chance ao personagem de obscura HQ britânica que poucos conhecem depois do fiasco estrelado por Stallone em 1995. E que surpresa. Quase nada do filme anterior resta aqui, senão o personagem em si. Com censura 18 anos, este filme – que penso ser britânico mesmo, com pouca ou nenhuma intervenção de Hollywood – é surreal, pesado, sujo, sanguinolento... e simples. Lendo alguns reviews na internet, fiquei espantado em ver como as pessoas estão reagindo de forma impressionante à violência gráfica do filme. A coisa é feia MESMO. E em 3D fica ainda mais impactante (ou repulsivo, escolham). Mas ao que consta, os quadrinhos de Dredd são assim, então...

Na história, o Juiz que tem autoridade de julgar, sentenciar e executar a sentença no ato, vai com uma jovem que está em “estágio probatório” atender uma ocorrência de um triplo assassinato em um cortiço vertical de mais de 200 favelas, dominado por uma ex-prostituta que comanda toda a produção de uma substância conhecida como “slo-mo” que provoca no usuário a sensação de que o tempo corre a 1% da velocidade normal. Lá chegando, são presos dentro do enorme cortiço e encurralados pela gangue da dita que manda serem executados por quem os verem, sob pena de qualquer favelado que, podendo obedecê-la, não o fizer, seja também morto com requintes de crueldade. A partir daí o filme bebe na fonte de obras primas como Assalto à 13ª DP do mestre John Carpenter e, em certo ponto, o espanhol [REC], para criar um clima sufocante por extasiantes 90 minutos que parecem uma eternidade, dada a tensão criada.

E dá-lhe violência estilizada e crua num espetáculo sanguinolento cuja falta de misericórdia para com os bandidos faz Tropa de Elite parecer quase que uma brincadeira de criança.

Dredd não faz concessões, coloca todo mundo sob risco de morrer dentro daquele inferno – inclusive os protagonistas – tornando a experiência de vê-lo angustiante e por isso mesmo tão bom.

Em uma época onde os filmes de ação – especialmente as adaptações de HQ – são pautados pela derivação e pela hesitação em chocar visualmente a plateia, Dredd ousa como poucos e isso deve ser reconhecido. Que venha a continuação...

4/5 

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Santa opinião abalizada, Batman!









Maridinho fofo da irmãzinha de popstar gospel, tendo encarado já metade do sanduba, afirma que o burrinho que levou Jesus a Jerusalém poderia ser comparado com uma moderna BMW.





  





 
Popstar gospel, irmã da irmãzinha deslumbrada, deslumbra-se ela própria leoninamente diante dos aplausos globais. 


















Cristã chicoteada publicamente na Somália 






sexta-feira, 19 de outubro de 2012

[Cinema em Casa] ALIENS, O RESGATE

(Aliens, James Cameron, 1986)


Prestes a ver como ficou Alien 3 em alta definição, resolvi tentar trazer à memória mais um desses filmes que nos traz esperança, meses após tê-lo revisto no maravilhoso formato azul... =P

James Cameron aterrisa aqui saído do hit O Exterminador do Futuro (1984) e faz miséria. Enquanto o original de Ridley Scott era uma maravilha de ambientação e construção de um clima claustrofóbico, a Continuação de Cameron (sim, com “C” maiúsculo) é um soco no estômago que começa tentando – e conseguindo – emular a construção do clima do filme anterior e depois passa do ponto morto para a quinta marcha sem chance do expectador respirar e assim permanece até o final apoteótico.

Não obstante a precisão cirúrgica do diretor em costurar a tensão com a ação desenfreada – e tudo isso sem abrir mão da claustrofobia e das demais fobias concebidas por Scott em 1979, Cameron sabiamente quebra expectativas com relação a determinados personagens, faz da heroína Ripley o coração da série (e a atuação da Sigourney aqui é fundamental e parte nevrálgica do filme), transforma o monstro em uma criatura bidimensional e imprime uma visão peculiar à qual o expectador, diante desse pacote todo, não tem outra escolha a não ser responder visceralmente a tudo isto.

Aliens virou referência para filmes de ação, virou referência quando o assunto é continuação de filmes de sucesso e elevou o já elevado nível da série Alien a um patamar estratosférico. E tudo isso com o aval da máquina burocrática Hollywoodiana que ficou tão espantada com a ousadia do diretor e de sua pretensão que mandou-o cortar quase 20 minutos do produto final que é a versão de cinema que todo mundo conheceu em 1986 e aprendeu a amar.

Mas Aliens, O Resgate é mais. A jornada completa, conforme originalmente concebida com os 20 minutos cortados, soma impressionantes 154 minutos de duração e teste de resistência do expectador e é esta que deve ser apreciada por quem quiser degustá-lo. Obra prima com louvor.

(revisto em Blu-ray)

5/5

terça-feira, 25 de setembro de 2012

[Cinema 2012]: O VINGADOR DO FUTURO (REMAKE)

(Total Recall, Len Wiseman, EUA, 2012)


Eu tenho a tendência a não gostar de remakes. E este novo O Vingador do Futuro, refilmagem do quase-clássico de 1990 com Arnold Scharzenegger, dirigido pelo mestre Paul Verhoeven, reafirma essa tendência.

Confesso que fiquei bem empolgado com o trailer, assim que o vi, mas depois que li que para apreciá-lo melhor era preciso “esquecer que o filme original existe”, pensei que vinha mais uma bomba a caminho.

Não chega a tanto, mas é impossível esquecer que o filme original existe assistindo isto aqui, já que o filme insiste em copiar descaradamente vários elementos do filme com Schwarza, incluindo situações, falas e até gags. Não teria sido mais fácil voltar ao conto original de Philip K. Dick (“We Can Remember It For You Wholesale” ou numa tradução aproximada “Nós lembramos por você por atacado”) que serviu de base para o filme de 1990 e fazer algo diferente, ainda que com semelhanças com o original? Ainda mais se levarmos em conta que os produtores deste remake afirmaram em entrevistas que acham o filme original “brega” o que torna a insistência deles em fazer tudo parecido com o original ainda mais sem sentido?

Eu nem ligaria tanto para isso, se as coisas copiadas para o remake trabalhassem a favor do filme, mas não é o caso. Toda aquela questão de paranoia do protagonista, se aquilo que ele vive é real ou não é diluído em cenas e mais cenas fantásticas de ação quase que ininterruptas, permeadas por efeitos especiais incríveis (não teria como ser menos, né?) e um visual espetacular, ainda que poluído com tanta informação que cansa os olhos. Não apenas isso, mas toda a conspiração que envolve o protagonista é também pisoteado pelo ritmo frenético do filme que parece mais interessado no que ele pode fazer do que em desenvolver quem ele realmente é. Aquela dicotomia “sou Hauser ou Quaid” que era determinante para as ações do herói no filme de 1990 é insignificante aqui. Também a possibilidade de tudo aquilo que o protagonista vive ser fruto do implante que comprou desaparece por completo nesta refilmagem.

O que mais me impressiona contudo, é que o filme original é mais complexo, com ação mais coesa, melhor desenvolvimento de tudo e é mais curto (108 minutos contra 120 da refilmagem). Demonstração inequívoca de que quando se tem um excelente diretor comandando a tropa (sim, estou falando do depravado Verhoeven), o resultado é diferente.

Engrossando ainda mais uma lista já grossa de filmes desnecessários, este novo Vingador do Futuro não é uma bomba, um insulto ao expectador. É apenas mais um filme bobildo, genérico, como os que Hollywood está se especializando em fazer cada vez mais.

2/5 

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Preciosidades aprendidas na aula de eclesiologia - parte 7




- Deus sustenta todas as coisas pela Sua Palavra (Hb 1:3). Para criar cada coisa Ele falou apenas UMA vez e as coisas foram acontecendo. Quantas vezes Ele precisa falar para que nós O obedeçamos?

- Um coração em ordem com Deus sabe como deve agir diante das circunstâncias.

- At 2:44-45: Repartir os bens não é uma ordem expressa, mas é uma resposta normal que todo o crente deve ter diante de situações semelhantes.

- Deus é dono também dos 90% da nossa renda.

- A correta compreensão de quem nós somos em Cristo deve nos levar à prática de como vivemos e isso inclui também a transformação radical de nossa visão sobre nossas posses, nossos recursos particulares, utilizando-os e regulando seu uso pelos princípios do benefício comum.

- O cristão deve aprender a utilizar aquilo que é de menor valor para obter o que é de valor inestimável.

- A ansiedade é resultado da inversão de valores espirituais por valores materiais.

- A comunhão é considerar as necessidades como sendo comum a todos, a fim de que todos possam ser supridos, tanto material, quanto espiritualmente.

- "No Novo Testamento, há mais imperativos que se referem à nossa comunhão uns com os outros do que aos nossos deveres no mundo ou até ao nosso relacionamento direto com Deus. Isso implica que meu relacionamento com Deus é medido mais pelos relacionamentos com outros cristãos do que qualquer outro fator" - Scott Horrell

- Comunhão só existe quando compartilhamos algo, seja material, emocional ou espiritual.

- É através de relacionamentos que as pessoas têm consciência de quem são, de que podem ser elas mesmas, sem disfarces, e, principalmente, é por meio dos relacionamentos que as pessoas podem reconhecer que precisam mudar e podem aceitar as outras pessoas nestas mesmas bases e, neste processo, edificam-se umas às outras, cooperando com Deus no processo de edificação não só do indivíduo, mas de  todo o grupo. E tudo isto é sinal de maturidade cristã. (Fp 2:3-4)

- Comunhão é não desistir ante a primeira dificuldade, nem desprezar o ambiente que Deus criou para o nosso crescimento: relacionamentos na igreja.

- "...prefiro ser um cristão em luta com os problemas de uma igreja imperfeita a ser um perfeito pecador fora dela." - Warren Wiersbe

- A realidade do culto de domingo não é real. A realidade é o que a gente enfrenta no dia a dia e como reagimos ao que enfrentamos e é esta a realidade que deve ser refletida no culto de domingo.

 

terça-feira, 18 de setembro de 2012

[Cinema em Casa]: FORÇA AÉREA UM


 Air Force One Movie Poster

(Air Force One, Wolfgang Petersen, EUA, 1997)


Eu gosto de filmes que se passam em aviões. Logicamente que um filme assim, terá alguma situação que porá a vida dos tripulantes e passageiros em risco, do contrário, o filme não servirá pra nada. Assim, é claro que é isto que acontece em Força Aérea Um, quando fanáticos russos, querendo a volta da URSS, invadem o avião do presidente dos EUA, o “avião mais seguro do mundo” e tocam o terror, cabendo ao presidente sair na base da porrada com os bandidos para salvar os passageiros e a sua família.

Um plot bem hollywoodiano, do jeitinho que os gringos gostam, rasgação de seda total em cima da figura do presidente da república, com direito a vilões cartunescos e unidimensionais, situações improváveis e inverossímeis. E por isso mesmo o filme tinha tudo para ser uma desgraça, ainda mais se visto no contexto pós-11 de setembro de 2001 em que estamos (lembrando que o filme foi lançado 4 anos antes). Ledo engano, o filme é quase-quase perfeito.

Creio estar diante de um caso clássico de “direção que salva o conjunto todo”. O roteiro escrito por Andrew W. Marlowe – que escreveria depois Fim dos Dias com Schwarznegger (1999) e último filme do Verhoeven em solo estadunidense – O Homem sem Sombra (2000), faz todo o esforço para tornar o filme intragável (e faz o mesmo com os outros dois filmes citados), produto feito para consumo exclusivo do expectador yankee. Mas ainda bem que no leme estava Wolfgang Petersen, que mesmo estando longe de seus dias de glória com O Barco (1981) e A História Sem Fim (1984), costura um filme tenso, com ação precisa e ininterrupta, usando e abusando de todas as possibilidades de suspense e fobias proporcionados pela premissa.

Mas não é só. O presidente é ninguém menos que Harrison Ford, o herói cinematográfico por excelência o que confere ao papel – e ao filme – um peso diferenciado. É justamente Ford, com a ajuda do Petersen, claro, que afasta um pouco do tom ufanista pregado pelo roteiro. Ajudam também na construção dessa tensão a vice-presidente vivida por Glenn Close em papel atípico do que está acostumada e, por outro lado, carimbando mais um vilão, Gary Oldman, ameaçador como de costume.

No pacote, vem junto também a vibrante trilha sonora do saudoso Jerry Goldsmith,  que dispensa maiores comentários.

Uma excelente pedida dentro do gênero de ação, que não insulta o expectador e entrega os “thrills” que promete. Se exibido em uma viagem de avião deve fazer um estrago

4/5

(revisto em Blu-ray) 

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

[Cinema 2012] O CAVALEIRO DAS TREVAS RESSURGE

Extra Large Movie Poster Image for The Dark Knight Rises(The Dark Knight Rises, Christopher Nolan, EUA, 2012)

Quem diria que o talento de Nolan seria questionado até por aqueles que outrora o colocavam num pedestal. Mas aconteceu... De âncora para um realismo há muito buscado por uma grande parcela de expectadores, Nolan passou aqui para o mané dos absurdos, tecendo um roteiro descosturado, entupindo de personagens, abusando de licença poética, enfim... Nolan deve estar tendo os seus dias de Tim Burton...

Isto, para muita gente... Já pra mim...

Sou fã do Nolan, mas não fãzóide. O cara tem talento, mas tem limitações e elas tem se tornado visíveis a cada novo projeto. Por isso não me espanto com as falhas deste derradeiro Batman, uma vez que filme algum é perfeito - ainda mais os feitos hoje em dia - e também porque estou com um pouco de saco cheio de ficar buscando perfeições técnicas em um filme. Em uma época onde se investe horrores em um virtuosismo estético e em tramas excessivamente bem amarradas, onde você entende tudinho, mas faltando um elemento caríssimo, a ALMA, este O Cavaleiro das Trevas Ressurge me pareceu mais um grito "PAREI COM ESTA PORCARIA E VOU ME PREOCUPAR EM TENTAR FALAR ALGUMA COISA COM ESTE MATERIAL!"

E neste sentido, considerando o filme como o terceiro ato de uma grande peça, onde é necessário um desfecho, posso dizer com certa segurança que estou bem tendencioso a achar este filme novo, com todos os seus problemas, superior aos outros dois.

Pra começar, Nolan chuta de vez aquela visão estúpida que ele mesmo imprimiu em Batman Begins e que quase voltou em O Cavaleiro das Trevas. Nada de achar que aquele universo merece ser salvo, aqui ele mergulha-o em trevas profundas em que você chega à conclusão de que aquela cidade não merece salvação, mas ela merece o melhor que pode ter: um cara traumatizado, freak, cheio de conflitos, de culpa, chamado Bruce Wayne que aqui, está pagando o preço de ser o herói que a cidade precisa que ele seja, o de um ser maldito - uma das razões pelas quais acho tão equivocado o discurso aplaudido do amado Homem-Aranha 2. E neste contexto, surge Bane, o Hulk deste universo, cuja inteligência e carisma são proporcionais ao seu tamanho. Aí Batman precisa sair da aposentadoria em uma sequência emocionante, que se inspira certamente na graphic novel de Frank Millar, especialmente quando um policial veterano, ao ver o homem morcego correndo com sua moto atrás dos bandidos, diz a um policial rookie: "prepare-se garoto que você vai ver um espetáculo agora..." - explode a trilha de Hans Zimmer nos auto falantes da sala de cinema. O policial tem razão.

E pra terminar, Nolan encerra sua trilogia com os 5 minutos finais mais emocionantes do ano, em uma decisão artística ousada para o gênero de filme de super-herói de HQ, independentemente de qual for o seu entendimento para o que aconteceu naquele final. Quando o Comissário Gondon citou "Um Conto de Duas Cidades" de Charles Dickens (que também é citado no final parecido de Jornada nas Estrelas II - A Ira de Khan) foi que eu consegui compreender de forma mais profunda o que o protagonista buscava (e o que ele efetivamente conseguiu) e neste sentido, a cena onde a estátua do Batman é descoberta aos aplausos é emblemática e diz um sem número de coisas, mas no fim mesmo, resta Nolan que não apenas retratou um personagem de HQ, ele criou um personagem autêntico, que se vestia de morcego não só para ser o herói que alguém ali precisava ser, mas também como uma forma de lidar com seus próprios traumas, buscando uma redenção, o que faz dele um herói perfeito que entendeu que o verdadeiro heroísmo compele-o a abrir mão da própria vida em favor de algo maior ou de outros e que a sua redenção pode estar aí.

A constatação (de implicações bíblicas, vale frisar) bateu forte aqui e, no fim mesmo, o resultado não poderia ser outro: inspirador, não só para um certo policial que fecha o filme, indicando tanto um possível renascimento quanto um desfecho definitivo a ponto de não precisarmos mais de um filme do Batman (pois penso que Nolan esgotou aqui o assunto), mas para este que vos escreve que ao subir os créditos finais ao som da impactante música do Zimmer olhou para a sua esposa que devolveu a ele o seu olhar com as mesmas impressões aqui descritas. Two thumbs up!, Nolan...

O quê? O final ridículo do Bane? O subaproveitamento da Mulher-Gato (que entendo tem sua participação justificada na última cena do Alfred e que vale mais do que tudo o que ela fez antes)? Como Bruce Wayne chegou a Gothan sitiada sem um tostão no bolso? Aquela filosofia Yoda style (que é igual à filosofia de botequim do primeiro filme que muita gente babou) da prisão do Bane? Depois de tudo isso que eu falei, você me vem com essas? Meu, vá ver Os Vingadores, vai...

5/5  

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Preciosidades aprendidas na aula de eclesiologia - parte 6



- O cristão não tem autonomia para "fazer contas" (ex: eu + obedecer a Deus = esse ou aquele problema/consequência). Obedeça e deixe que Deus faça as contas.

- Nosso coração é propenso em se agarrar à bobagens, é supersticioso ao extremo. Se há dúvida em fazer algo que Deus não mandou fazer, NÃO faça.

- Se eu não praticar a Palavra, eu posso esperar ser mal sucedido em TUDO o que eu fizer. Por outro lado, se eu praticar a Palavra, eu posso esperar ser bem sucedido em TUDO o que eu fizer. Não há outra forma de vida para o cristão.

- Nós precisamos ser ensinados à obedecer. Discipulado é isto.

- Cristo nunca ensinou algo que não tinha aplicação prática. Nós é que não enxergamos dessa forma e visualizamos um ou outro ensinamento que não nos serve na prática. Isso não existe.

- Nós somos meio gregos em nossa forma de pensar. Daí a criarmos "lacunas" entre o que Deus fala e o que efetivamente fazemos, gerando pensamentos como "eu acredito que a Bíblia é verdade, mas a realidade da minha vida é diferente e, portanto pede outro tipo de atitude".

- Quando a pessoa não decide, ela já decidiu.

- Quando sabemos que o ensino dado na igreja local é o correto ("edificado sobre o fundamento" - 1 Co 3:10-15)? Quando há transformação das vidas ali.

- Ensinar a Bíblia não é igual a ensinar a obedecer. Ensinar a Bíblia não é igual a crescimento espiritual.

- Uma das razões pelas quais as pessoas resistem ao ensino à obedecer é a idéia de que elas não estão tãããããão mal assim, se apegando a coisas como "tem gente na igreja pior do que eu" ou "a igreja já está acostumada com esse tipo de coisa". O ponto é que todas essas idéias são irrelevantes e são reflexo da mentalidade grega à qual nós nos apegamos.

- Não é possível ser cristão sem se meter na vida do outro irmão. Somos uma família e a família se mete mesmo.

- Deus vai sondar o nosso coração com versículos. A Bíblia é a lanterna Dele.

- O mais comum é o cristão vivendo com base em uma cosmovisão secular e ainda querendo que Deus faça sua vida funcionar com essa cosmovisão. Deus não vai fazer funcionar nunca.

- Filipenses 3:10 - o Cabeça sofreu; agora eu devo sofrer pelo Corpo.

- Se os Sem-Terra se instalassem próximo à sua igreja e, pela vontade de Deus, TODOS se convertessem, o que você faria/deveria fazer? Passe por Atos 2:45.

- Eu não posso achar mais que eu toco a minha vida do jeito que eu quero e achar que isso não tem nada a ver com o que faço nas reuniões na igreja. O que eu vivo nas reuniões deve ser um reflexo do que eu vivo durante a semana.

- Atos 2:44-45 não é comunismo, é cristianismo.

- Para viver a vida que Deus pede que eu viva, minha vida precisa estar em ordem. Uma coisa está atrelada à outra.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Preciosidades aprendidas na aula de eclesiologia - parte 5




- Mesmo causando impacto, a igreja tem um caráter "marginal", portanto ela nunca vai "bombar".

- Eu estou alterando o local onde eu vivo? Precisamos sempre nos perguntar isso.

- Ação social não é o carro chefe da igreja, mas ela deve aproveitar esta oportunidade para evangelizar.

- Para a igreja ter impacto, ela precisa se desprender de sua vida.

- Se o cristão passa despercebido por onde ele está, isso é um problema.

- A igreja é essencialmente evangelística e deve investir nisso pois é nessa área que ela tem o seu ponto forte e é onde ela é mais aceita na sociedade.

- O cristão está SEMPRE passando alguma mensagem. A dúvida é: que mensagem é esta que está sendo passada?

- Pra Deus, Evangelho e Igreja é uma coisa só. O Evangelho é o meio pelo qual Deus produz Igreja.

- A Igreja deve colocar todas as outras instituições para cumprir o seu propósito (fazer discípulos), e não o contrário, no sentido de que ela deve trabalhar de modo a mostrar as pessoas que a presença dela na comunidade só traz benefícios para todos ali.

- Compartilhar o evangelho é mais do que entregar um folheto. É entregar uma mensagem e há valor tanto na mensagem quanto no mensageiro que a entrega, por isso é essencial o bom testemunho.

- A conversão foi algo estranho à cultura greco-romana da época do nascimento da Igreja. Continua sendo até aos dias de hoje.  

terça-feira, 4 de setembro de 2012

[Cinema em Casa] O CAVALEIRO DAS TREVAS


(The Dark Knight, Christopher Nolan, EUA, 2008) 

Superados os obstáculos iniciais propostos por Batman Begins, Nolan se lança nesta sequência de forma ousada, testando os limites não só seus como realizador, mas também dos personagens e daquele universo. E o resultado, embora não sendo 100% perfeito todo o tempo, é muito superior ao filme anterior e coloca este O Cavaleiro das Trevas quase no topo da lista dos grandes filmes baseados em HQ.

Se há algo aqui que me impressiona e Nolan é digno de palmas por causa disso, é o fato de que o diretor abandona, pelo menos durante a maior parte do tempo, aquela idéia ingênua do primeiro filme de que Gothan City merece ser salva. Aqui, a idéia é outra: a cidade precisa ser salva. Parece ser a mesma coisa mas não é.

Introduzindo um vilão de peso totalmente desprendido de regras ou de algum código moral de conduta, Nolan simplesmente solta um carro em alta velocidade descendo uma serra em direção à praia e Batman é, em tese, o único freio que pode parar este carro. E nisso, o diretor é extremamente feliz e coloca o seu filme em um outro patamar, mais denso e mais tenso e, da mesma forma que vai se afastando mais e mais do que Burton fez em 1989 e 1992 (o Joel Schumacher não conta), ao mesmo tempo aproxima-se deste em olhar para aquele universo com um olhar cético, deixando o herói sozinho em seu idealismo.

Pra variar, nem tudo são flores. Mandando o David S. Goyer ir ler HQs em outra esquina, Nolan se livra de quase todos os horrorosos diálogos do filme anterior, mas ainda há pérolas aqui, mas são poucas. Não sendo o bastante, a máfia tão ameaçadora, é caracterizada de forma banal com mafiosos que mais geram risos do que medo, talvez pra não ofuscarem a presença imponente do Coringa.

E, como dito acima, por alguns minutos, Nolan se entrega novamente àquela visão ingênua de Begins, na sequência das barcas.

Mas no final das contas, isso não chega a macular o resultado, já que até chegarmos aí, coisas já aconteceram, o Coringa já tocou o terror na cidade e o Batman está finalmente vendo o preço que tem que pagar pela decisão que tomou e decide pagar esse preço. E isso fica evidente na última cena onde o herói já cansado e vulnerável, foge de todos e desaparece na sombra com a pecha de maldito, pois, como bem dito pelo Comissário Gordon (Gary OIdman), “ele não é o herói que Gothan merece, mas o herói que Gothan precisa”. Uma bela maneira de terminar qualquer filme que seja; sendo um filme de super-herói, o desfecho é ainda mais impressionante.

(revisto em Blu-ray)

5/5

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Preciosidades aprendidas na aula de eclesiologia - Parte 4





- É normal (e bíblico) reconhecermos o valor de homens que deram suas vidas para fundar e alicerçar as congregações onde estamos. O problema é que esse reconhecimento acaba se tornando lealdade à preferência destes homens, preferência esta que muitas vezes não tem base bíblica. Tal lealdade não é bíblica.

- É um problema sério pautar a sua liberdade em Cristo sobre a consciência pessoal do outro.

- Ministério não é igreja, deve ser um braço da igreja local.

- Há igrejas que na verdade são ministérios. Não existe igreja só de atletas ou só de pescadores. A igreja local deve conter TODO tipo de pessoas.

- É natural haver opiniões divergentes. Contudo, onde tem versículo não tem discussão. Você pensa diferente do que o versículo está ensinando/orientando/mandando? Ótimo, mude seu pensamento.

- Se você discorda da igreja com relação à mandamentos bíblicos, sua discordância não é com a igreja, é com Cristo.

- Quando a igreja se ocupa do que é realmente importante (alcançar pessoas, discipular, etc), não sobra tempo nem espaço pra ficar discutindo coisas marginais e acessórias.

- Não existe igreja de grupo específico. O nome disto é gueto.

- Quando Jesus voltar, Ele vai querer nos pegar fazendo o quê? Com quais pessoas?

- Não dá para haver unidade sem diversidade. O sustento do organismo chamado igreja depende disto.

- Não se envolver com o outro não é prejuízo só para o outro, é prejuízo para toda a igreja.

- Como é que Deus vai nos tornar semelhantes a Jesus? É através do louvor? É através da ministração da palavra? Não! É através de situações (geralmente problemáticas) nos relacionamentos. Quando você se ver às voltas com problemas com outro irmão, pense nisso como uma possibilidade que Deus usará para fazer ambos crescerem espiritualmente.

- A igreja não mudará a cultura por se posicionar contra ou favor disto ou daquilo, mas por fazer DISCÍPULOS. Isto porém não significa que ela não deve se posicionar.

- Infelizmente a igreja está mais preocupada em fazer coisas que Deus não mandou fazer.

- Só podemos justificar a nossa retirada de uma determinada igreja local (ou denominação), quando a mesma impede a enunciação ou a prática de nossas convicções BÍBLICAS.

- A denominação nunca é mais importante que a Igreja. Esta será sempre maior que aquela.

- Um organismo tem naturalmente uma organização. Com a igreja é a mesma coisa. O problema é que no decorrer do tempo, o homem tentou (e continua tentando) organizar artificialmente o que já é organizado, resultando na desfiguração da igreja, gerando uma caricatura da mesma.

- É impossível que o cristão cresça espiritualmente à parte do relacionamento com outros cristãos. A frase "é possível haver cristãos infiéis dentro da igreja, mas é impossível haver cristãos fiéis fora da igreja" - é bem verdadeira.

- Devemos lembrar sempre que o nosso crescimento e maturidade cristã sempre são produzidos e MEDIDOS pela qualidade de nossos relacionamentos com outros irmãos.

- A Igreja é o meio pelo qual Deus fará convergir em Cristo todas as coisas. Olhando à nossa volta dá pra perceber o quanto estamos falhando nisso, não dá?

- Se a igreja na qual você congrega fechasse as portas hoje, a comunidade à volta dela, sentiria a sua falta?


quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Preciosidades aprendidas na aula de eclesiologia - Parte 3


- Deus está edificando a sua Igreja, promovendo a unidade desta; quando não atrapalhamos Deus (e nós atrapalhamos, e MUITO), dá certo.
- O que acaba com a igreja não é nada que vem de fora (perseguição, problemas financeiros, etc), mas sim os que estão dentro dela.
- Amar é difícil. Pra conseguir amar, você precisa morrer.
- Pergunta: se você tirasse Deus de todas as atividades da igreja mudaria alguma coisa? Cuidado com a resposta.
- A atividade da igreja não é igual a ser igreja. As atividades existem para servir à igreja e não o contrário.
- Pergunta: como você acha que o mundo vê que Cristo ama a sua Igreja?
- Ao lidarmos com qualquer área da igreja, precisamos lembrar o que é a igreja: pessoas.
- Deus quer edificar pessoas e não programas, ministérios ou atividades.
- Se você, crente, não gosta da igreja, você não gosta do Cabeça da Igreja.
- Deus quer nos levar do amor fraternal (gr. filadélfia - 1Ts 4:9-10) para o amor sacrificial (gr. agape - 1Ts 3:12)
- A Igreja é o reflexo de Deus no mundo; o fato do reflexo estar embaçado não muda a verdade de Deus, mas um bom reflexo evidencia quem somos em Cristo e coopera com Deus em trazer pessoas à Ele.
- O mundo só vai verificar o amor de Deus por meio do amor da Igreja.
- As igrejas estão cheias de gente ingrata. As divisões que frequentemente ocorrem são prova dessa ingratidão.
- Como Deus me conquistou será a maneira de eu conquistar outros. (Jo 3:16)
- Muitas vezes temos deixado de espelhar Deus para ofuscá-lo.
- A Igreja, como corpo é indivisível. Ninguém pode colocar alguém na Igreja, nem tampouco tirá-la, pois isso é obra unicamente de Deus. O problema do ecumenismo é justamente querer assumir essa obra.
- Quando você sai da sua igreja, pense que você está dizendo isso à ela: "eu estou certo e vocês estão errados". Tenha a certeza de que você está certo mesmo, biblicamente, porque senão.....

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Preciosidades aprendidas na aula de eclesiologia - Parte 2



- Para pensar: se na minha igreja só tivesse pessoas como eu, como ela seria?

- A Igreja está atrás de decisões; Deus está atrás de corações que querem ser transformados.

- Quando a Igreja se preocupa apenas com decisões de pessoas, está abaixando o padrão de Deus.

- A igreja é fundamentada essencialmente em relacionamentos. Com Deus e com o próximo. Não há espaço 
para quem quer viver isolado ou acha que a igreja local é um clube.

- Se Deus permite a você constatar um problema em sua igreja local é porque Ele quer te usar para tentar resolvê-lo. Jogar a batata quente para outro irmão supostamente mais capacitado é sinal de imaturidade.

- Não é problema ter problemas. Problema é não tratar os problemas.

- Quanto maior e melhor a nossa visão de Deus, maior e melhor será a nossa visão sobre a Igreja. A Igreja não é valorizada e tem sido motivo de piada porque a nossa visão de Deus é pequena.

- A Igreja é a reunião de crentes; isso anula vários conceitos errados de Igreja como "igreja é templo", "igreja é denominação (ou placa)", "igreja é o indivíduo"

- Não há lugar na igreja para a evangelização; o que existe é a responsabilidade de evangelizar e não há motivo para que o evangelismo ocorra SÓ nas reuniões da igreja.

- A igreja é uma reunião em qualquer lugar de qualquer número de crentes.

- Através de Cristo, Deus se relacionou conosco até às últimas consequências. Por causa disso, podemos (somos capacitados para tanto) e devemos nos relacionar com nossos irmãos até às últimas consequências. (Jo 3:16 cc 1 Jo 3:16)

- Está havendo reunião evangelística na igreja porque os membros não estão evangelizando.

- Nas reuniões da igreja, pergunte a si mesmo: "Com quem estive? Com que propósito?"

- Problema na igreja tem nome, endereço, RG e CPF.

- Você quer uma igreja saudável? Trabalhe nos relacionamentos.

- A estatura espiritual de alguém é medida pelos seus relacionamentos e as qualidades destes (1Co 3:3)

- O fruto do Espírito só aparece nos relacionamentos.